Tipos de procrastinadores, as estratégias e as saídas eficientes

Tipos de procrastinadores

Procrastinação certamente é um dos assuntos mais falados nos últimos anos nas redes sociais. Basta pesquisarmos o termo no YouTube para encontrarmos centenas de vídeos falando sobre o tema, vários deles com milhões de visualizações e milhares de comentários de pessoas esperançosas em abandonar esse hábito de uma vez por todas.

O Seja essa forte busca um reflexo ou não de um estilo de vida com cada vez mais demandas e distrações, o fato é que aprender a lidar com a procrastinação se tornou uma competência indispensável para nos adaptarmos ao mundo V.U.C.A. (acrônimo em inglês para “volátil”, “incerto”, “complexo” e “ambíguo”) em que vivemos hoje.

Segundo a psicóloga clínica Mônica Basco,  existem 6 tipos de procrastinadores, que procrastinam por motivos diferentes e, portanto, precisam aprender estratégias diferentes para lidar de forma eficiente com sua procrastinação.

Os 6 Tipos de Procrastinadores

O Esquivo: procrastina para evitar fazer coisas desagradáveis.

O Desorganizado: procrastina porque estima de forma irrealista o tempo que as atividades levam (pensa que a atividade é menos complexa e/ou que é mais capaz do que realmente é).

O Inseguro: procrastina porque não confia em suas habilidades para realizar a atividade e tem medo de falhar.

O Dependente: procrastina porque tem dificuldade de dizer “não” para os outros, por medo de desagradar.

Radical: procrastina porque assumiu atividades além do que é capaz de realizar.

Hedonista: procrastina para fazer coisas agradáveis.

Aqui vamos conhecer mais a fundo os procrastinadores “esquivo” e “desorganizado” e aprender algumas das estratégias mais eficientes para lidar com essas formas de procrastinação no médio a longo prazo. Vamos nessa?!

Procrastinadores Esquivos

O procrastinador esquivo procrastina para evitar fazer coisas desagradáveis. Normalmente, quando ele se imagina fazendo essas coisas, surgem pensamentos negativos que o deixam assustado, ansioso ou irritado (reação emocional) e levam à procrastinação. Ou seja, a procrastinação acaba sendo uma forma de o procrastinador esquivo lidar com seu medo, pois se ele procrastinar não terá que fazer essa coisa desagradável.

Por exemplo, em sua primeira semana de estágio, Marcos deletou sem querer uma pasta compartilhada na rede da empresa cheia de arquivos importantes. Ele sabia que deveria avisar seu gestor, mas quando se imaginou fazendo isso, uma série de pensamentos surgiram em sua mente:

“Ele vai ficar irritado comigo; “ele nunca mais vai confiar em mim”; “eu vou ser demitido”

Assustado com esses pensamentos, Marcos decidiu procrastinar a conversa.

Como fica claro nesse exemplo, uma característica forte do procrastinador esquivo é a de “catastrofizar”, ou seja, imaginar as piores consequências possíveis, mesmo que elas sejam bastante improváveis. Quando Marcos imagina que possa ser demitido se contar para o seu gestor o que fez, procrastinar a conversa difícil se torna uma opção sedutora. Portanto, para lidar com essa forma de procrastinação, uma estratégia eficiente é reduzir a catastrofização.

Reduzindo a catastrofização

O objetivo de reduzir a catastrofização não é simplesmente se iludir, achando que vai dar tudo certo. É ser realista e questionar se os cenários que estamos imaginando são realmente prováveis e, se forem, estarmos mais preparados para enfrentá-los. Quando perceber que está procrastinando para evitar fazer algo desagradável, você pode seguir os passos abaixo:

Identifique o que você está imaginando que vai acontecer.

Ex. Marcos: “Se eu contar para meu gestor que eu deletei a pasta, ele vai ficar irritado comigo e nunca mais vai confiar em mim. Talvez eu até seja demitido!”

2 )Avalie se esse cenário é pouco, médio ou muito provável.

Ex. Marcos: “ele vai ficar irritado comigo” (probabilidade alta); “nunca mais vai confiar em mim” (probabilidade média); “talvez eu até seja demitido” (probabilidade baixa)

3) Imagine outros cenários mais prováveis.

Ex. Marcos: "ele não vai ficar tão irritado assim, pois é minha primeira semana de estágio"; "ele vai confiar em mim porque fui transparente"; "não vou ser demitido, ele deve me pedir para prestar mais atenção".

4)Prepare-se para o cenário mais provável.

Ex. Marcos: “vou pedir desculpas pelo erro e dizer que vou tomar mais cuidado para que não aconteça novamente”

Com pensamentos mais realistas, Marcos se tranquilizou e contou o que aconteceu para seu gestor. No fim das contas, descobriu que era possível recuperar a pasta deletada, pois a empresa fazia backup dos arquivos todos os dias. Como previu, seu gestor agradeceu sua transparência. 😊

Procrastinadores Desorganizados

O procrastinador desorganizado procrastina porque estima de forma irrealista o tempo que as atividades levam (pensa que a atividade é menos complexa e/ou que é mais capaz do que realmente é).

Ex.: Denise precisa entregar um trabalho de 10 páginas para a faculdade até o final do dia. No entanto, acredita que conseguirá realizar o trabalho em apenas duas horas e, por isso, decide começá-lo apenas à noite. Após duas horas fazendo o trabalho, ela percebe que não chegou nem na metade.

É interessante a gente perceber que, assim como os pensamentos negativos podem levar à procrastinação, como vimos no caso do procrastinador esquivo, os pensamentos positivos (acreditar que é capaz) também podem causar procrastinação, como no caso do procrastinador desorganizado. Portanto, a solução é sermos realistas, reconhecendo sim nossas capacidades, mas também nossos limites.

Uma estratégia eficiente para lidar com as estimativas irreais é o auto monitoramento.

Automonitoramento

O objetivo do automonitoramento é sermos capazes de programar de forma realista nossas atividades. Para isso, precisamos considerar o tempo que costumamos levar para cada tipo de atividade e em quais momentos do dia somos mais produtivos. Para se automonitorar, quando for realizar uma atividade, siga o seguinte passo a passo:

1) Registre a hora que você iniciou a atividade e cronometre o tempo que você leva até concluí-la (lembre-se de cronometrar também as pausas quando interromper a tarefa).

Ex. Denise:

Horário de início: 14h

Tempo de execução: 5 horas

Tempo de pausas: 1 hora

Tempo total: 6 horas

2) Quando precisar fazer essa mesma atividade novamente, experimente realizá-la em outros momentos do dia. Registre a hora de início e cronometre o tempo que você leva até concluí-la.

Ex. Denise:

Horário de início: 08h

Tempo de execução: 3 horas

Tempo de pausas: 0,5 hora

Tempo total: 3,5 horas

Horário de início: 18h

Tempo de execução: 6 horas

Tempo de pausas: 2 horas

Tempo total: 8 horas

3) Planeje seu dia levando em consideração o momento do dia em que você é mais produtivo (em que leva menos tempo para concluir a atividade) e o tempo que você costuma levar para realizá-la nesse momento do dia. Continue fazendo seus registros para tornar a estimativa cada vez mais precisa.

Ex. Denise descobriu que é mais produtiva de manhã, ao menos para fazer trabalhos da faculdade de 10 páginas. Agora, quando ela precisar fazer novamente essa atividade, ela vai separar ao menos 3,5 horas de sua manhã para realizá-la.

Quando não estamos acostumados a monitorar o tempo que levamos para fazer as atividades, começar pode parecer um pouco estranho. Talvez você possa pensar que nenhuma atividade é exatamente igual à outra, o que é verdade. Por exemplo, fazer um trabalho de 10 páginas para uma disciplina da faculdade que você gosta provavelmente vai levar menos tempo do que para uma disciplina menos interessante.

No entanto, à medida que monitoramos nossas atividades, podemos começar aos poucos a incluir também outras variáveis (como o interesse e a complexidade, por exemplo), tornando nossas estimativas cada vez mais precisas.

Se identificou com o procrastinador esquivo ou com o procrastinador desorganizado? Agora experimente as estratégias mais eficientes para lidar com suas tarefas de forma mais gentil e eficiente!

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